(Imagem de Freepik)
Para quem acha que já foram superadas as consequências da pandemia de COVID-19, repense. A verdade é que os hábitos das pessoas em todos os cantos do planeta estão mudando, principalmente os de consumo, e os empresários e estrategistas não podem ignorar esse fato. Nem mesmo aqueles que atuam apenas no mercado brasileiro.
A EY-Pathernon realizou a 10a edição do FCI (Future Consumer Index), pesquisa sobre o comportamento dos consumidores entre 22/23. Nesse texto que o CITeB traz estão apenas considerações quanto às expectativas dos brasileiros para os próximos meses.
Curto Prazo
A pandemia trouxe um olhar mais cauteloso quanto ao futuro. Por exemplo, em outubro de 21, 50% dos brasileiros entrevistados se disseram otimistas para o próximo ano. Já em outubro de 22, apenas 33% se colocaram dessa forma. Porém, quando com mais prazo, 79% dos brasileiros consideram que a vida será melhor nos próximos 3 anos.
A justificativa é a incerteza macroeconômica, uma vez que os preços tendem a aumentar, especialmente nos itens de primeira necessidade. Resultado: 91% dos entrevistados estão preocupados com suas finanças.
Marcas Próprias
Para que não deixem de consumir produtos que consideram importantes, os consumidores brasileiros estão se importando menos com marcas e mais com preços. 46% dos entrevistados afirmaram buscar novas marcas e 36% trocaram fornecedores renomados por marcas private label (marcas próprias).
Dada a preocupação financeira, 83% dos brasileiros disseram que estão sendo mais cautelosos com seus gastos futuros e 78% estarão mais focados no valor do dinheiro. Dessa forma a compra de itens supérfluos deve diminuir, especialmente se o valor estiver fora do orçamento.
Meios Digitais
Na busca por opções mais em conta, as ferramentas digitais de consumo se tornaram essenciais. O brasileiro perdeu o receio de fornecer seus dados confidenciais para que as ofertas cheguem personalizadas, disseram 71% dos entrevistados e 68% se as opções forem ainda mais em conta.
Embora a preocupação quanto a segurança exista, pois 54% dos entrevistados afirmaram preferir sites, aplicativos e outros que demonstram maior garantias quanto a privacidade e segurança quanto ao uso dos dados. Os consumidores da Geração Z e Millenials são menos preocupados em relação aos compradores da Geração X e Baby Boomers.
Dados interessantes no comércio digital:
58% dos entrevistados compraram itens não alimentares nos últimos 3 meses;
41% fizeram compras de supermercado online;
46% estimam aumentar suas compras online em relação à lojas físicas;
73% esperam usar menos dinheiro vivo nos próximos 3 anos;
20% dos brasileiros já experimentaram moedas digitais.
Tendências
Uma vez que os hábitos de consumo dos brasileiros estejam mudando, as empresas precisam mudar também. A interação do mundo real com o digital é um caminho sem volta. Como já acontece entre as compras físicas e pagamentos digitais, os multicanais deixaram de ser tendência.
A expectativa nos próximos anos é que lojas físicas de grandes marcas sirvam como showroom, criando experiências entre os consumidores, enquanto as vendas ocorram no universo digital. O único item que os brasileiros dizem que devem preferir a compra física nos próximos anos são os alimentos frescos.
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