A geração de empreendedores millennials têm se destacado por colocarem questões ambientais e sociais acima do lucro, conforme pesquisas internacionais. São empreendimentos que buscam solucionar problemas socioambientais com gestão inovadora e lucro compartilhado.
No Brasil
Existem empresas brasileiras de diversas naturezas jurídicas com esse perfil, que vão de organizações não governamentais à startups, conforme o SEBRAE. De comum elas seguem as seguintes diretrizes:
Intencionalidade
Relação com a realidade local
Compromisso com o desenvolvimento do território
Norteados pelos 17 objetivos da Agenda 2030 da ONU, os empreendedores sociais buscam oferecer soluções, produtos e serviços que invariavelmente façam mais de um “goal” por vez. No país existem várias iniciativas que promovem essa economia solidária, cujo trabalho em rede a partir de parcerias amplia os benefícios das atividades.
Inspirações
Porém, é bacana conhecer outros projetos que podem nos servir de inspiração. Como a plataforma indiana Enactus Aryabhatta que promove a cultura empreendedora de jovens “um passo sustentável por vez”. Por exemplo, são responsáveis pelas iniciativas:
Projeto Palaash: Processo têxtil orgânico, através do qual foi possível diminuir o desperdício de resíduos tóxicos e salvar centenas de milhares de litros de água desde sua implantação.
Projeto Utkarsh: Aperitivo vegano nutritivo, onde cerca de 50 mulheres de baixa renda conseguiram trabalho, a taxa de desnutrição em crianças caiu e também evitaram mais de uma tonelada de desperdício de alimentos desde o início do projeto.
Aliás foi o banqueiro e economista bengalês, ganhador do Nobel da Paz, Muhamed Yunus quem usou o termo “negócios sociais” pela primeira vez e é considerado uma inspiração para os empreendedores millennials.
Effectuation
Outra referência é Saras Sarasvathy, que fez palestra no Rio de Janeiro e o CITeB participou no começo deste ano, sobre seu método Effectuation de empreendedorismo. Consiste basicamente em usar o que se tem (sua personalidade, conhecimentos, networking e os recursos disponíveis) para criar ideias (produtos, soluções ou serviços reais) em parceria com quem se interessar.
Millennials
Há décadas atrás as pessoas nascidas entre 1980 e 1996, também chamada de geração Y ou millennials, eram vistas como egoístas e narcisistas. Os nativos digitais. Porém, mais de 40 anos depois, é a primeira geração a ter uma vida sanduíche. Cuidando dos filhos e dos pais, trabalhando fora de casa mesmo quando em home office, e ainda vivendo todas as incertezas de uma crise climática em andamento.
Portanto, uma forma de conciliar essa “nova realidade” é voltar a conviver em comunidades, fortalecendo uns aos outros e se envolver nas soluções e processos do seu território. Que dialoga com a proposta de Sarasvathy, onde é preciso desmistificar a ideia do empreendedor de sucesso como alguém solitário, genial ou sortudo e tornar o empreendedorismo como um todo mais acessível e o mundo mais inovador.
Fontes: https://www.innovatorsmag.com/new-generation-of-innovators-put-people-and-planet-before-profit/ e https://www.sebrae.com.br/sites/portalsebrae/sebraeaz/o-que-sao-negocios-de-impacto-social e https://www.napratica.org.br/como-funciona-effectuation-logica-empreendedora-que-tomou-o-mundo/ e
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