(Foto Divulgação/ Fiesc)
Já está circulando em fase de testes caminhões 100% elétricos fabricados no Brasil. A iniciativa é da Volkswagen Caminhões e Ônibus (VWCO) em negociação com a Ambev e motores WEG (Santa Catarina). Batizada de “E-Delivery”, a frota será inicialmente de 1600 unidades e faz parte da transição energética automotiva já em curso no país. Mas agora, em escala.
A oportunidade que se abre é grande e vai de encontro às necessidades de energia renovável, especialmente na área de transportes. Para ter uma ideia, o setor é responsável por 24% da emissão dos gases estufa no mundo. Dessa forma, todas as fabricantes automotivas estão abandonando a energia fóssil e integrando fontes limpas ou renováveis.
Walter Pellizzari, gerente executivo de Estratégia Corporativa da VWCO diz em matéria no site da Fiesc, “Nossa engenharia focou em novas tecnologias para bateria, motores elétricos e mesmo carregadores, o que não era usual na área automotiva. Nossos fornecedores também são novos para o mercado automotivo, como a WEG”. Em escala global a Volks está se empenhando em ser a “número 1” em seu portfólio.
Destaques em Santa Catarina
O Estado de Santa Catarina tem aproveitado bem o direcionamento dos incentivos ao setor de inovação. Para além dos softwares, a atmosfera é promissora para desenvolvimento de tecnologias em diversos campos da indústria do conhecimento e criatividade.
Por exemplo, a pauta de e-Mobility é “extremamente estratégica” para a WEG. Dentro da empresa o setor de pesquisa e desenvolvimento é a que recebe maior aporte financeiro. Embora já atuante no setor de transportes, como trens, aviões e cargas, a WEG procura fazer frente ao mercado mundial ainda que o Brasil esteja engatinhando nesse sentido.
Entretanto, não se pode parar no meio da pista. Em Jaraguá do Sul – cidade sede da empresa, foi criado o Instituto da Indústria Eggon João da Silva, parceria com a FIESC/ SENAI para:
- formar recursos humanos,
- gerar inovações,
- fornecer serviços,
- prestar consultoria em mobilidade elétrica,
- e consultoria em fontes renováveis de energia.
Há também a iniciativa de reativar a FNM (Fábrica Nacional de Motores, agora rebatizada de Fábrica Nacional de Mobilidades), como produtora de caminhões urbanos. A planta fica em Caxias do Sul, nas instalações da Agrale.
Sem dizer a fabricante de tratores Yak Tractors de Joinville. Empresa que já fornece veículos elétricos para aeroportos e indústrias, e está na implementação da próxima fase: entrar no agronegócio.
Entrave
Porém, a maior barreira para o mercado de e-mobility se concretizar e expandir no Brasil são as limitações sócio políticas. Para Valter Knihs, diretor da WEG, “Com as políticas certas, a indústria brasileira será capaz de atender a demanda nacional, consolidar um nicho estratégico e de forte tecnologia no País, inovar e vender para o mundo”. Que suas palavras se tornem realidade, até mesmo por uma questão de sustentabilidade.
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