Quando se é desprovido de tamanho, outras atrações precisam ser grandiosas para atrair a audiência. Essa é a prática por trás da Copa do Mundo no Catar 2022. Onde as propostas inovadoras dentro e fora dos estádios se tornam atrativas neste país que tem metade do tamanho do Estado de Sergipe (o menor do Brasil).
Ambientação
Entre os dias 20 de novembro até 18 de dezembro, vale dizer que esta será a primeira Copa do Mundo:
À ser realizada no Oriente Médio;
Acontecendo no segundo semestre (inverno no norte global);
Com rigoroso controle de bebidas alcóolicas;
Num ambiente considerado hostil para mulheres e comunidade LGBTQIA+;
Onde a legislação mistura mistura direito civil com direito islâmico;
Com apenas 3 milhões de habitantes (Santa Catarina tem 7,165 milhões de habitantes por exemplo);
No país cuja fonte de renda é o petróleo;
E é considerado o país mais rico do mundo (por conta do PIB per capita).
Design
Encontre soluções e não problemas. Esse deve ser o pensamento dos investidores qataris ao apostarem em tecnologia e design para traduzir suas aspirações de sociedade moderna, sem cortar as profundas raízes islâmicas e muçulmanas. Vale dizer que o Catar é o principal comprador de artes no mundo, unindo conhecimento com investimento financeiro.
Temperatura
Como o design eficiente é aquele que tem uma função prática, a arquitetura dos estádios foi pensada em primeiro resolver uma questão térmica. Num lugar onde no verão facilmente se chega a 40 graus, 7 dos 8 estádios possuem sistema de refrigeração abastecida por energia solar.
Sustentabilidade
A opção por energia fotovoltaica, além de ambientalmente menos danosas, são mais econômicas do que a extração fóssil. A escolha por caminhos sustentáveis segue pela iluminação por LED em todos os estádios, que oferece também vida útil mais longa do que a tradicional com o benefício de efeitos visuais que serão utilizados tanto na abertura como no encerramento do evento.
Arquitetura
Aliás, após o encerramento da Copa um dos estádios será desmontado. A engenharia do Estádio 974 é emblemática por usar o mesmo número de código de telefônico internacional em containers na sua construção. Por ficar no meio do deserto, a ideia é desmontar o estádio ao final da copa e reaproveitar o material em outros projetos culturais e de urbanismo.
Al-Rhila
Claro que dentro de campo há tecnologias. A bola desenvolvida pela Adidas especialmente para o evento recebeu o nome de Al-Rihla, “A jornada” em árabe, e promete ser a mais rápida até hoje por conta da diminuição de gomos em sua confecção. Dentro dela também há um sensor que envia dados de ponto de chute e contato com a bola durante os passes direto para a sala de vídeo. Numa transmissão de 500 vezes por segundo.
VAR
Porém o item mais aguardado tem sido uso de Inteligência Artificial durante as partidas. Através da tecnologia VAR (“Vídeo Assistant Referee”, algo como árbitro assistente de vídeo), que começou a ser usado na Copa da Rússia em 2018, mas esse ano recebeu upgrades.
De acordo com o site Tecnoblog, “o recurso conta com 12 câmeras de rastreamento que podem analisar a bola e até 29 pontos de cada jogador em campo, inclusive membros e extremidades, que são relevantes para analisar impedimentos”. Os árbitros assistentes que ficarão na sala de vídeo, serão informados por sistema de inteligência artificial quando uma situação de impedimento for detectada. A intenção é reduzir o tempo gasto, ajudando o árbitro e ao mesmo tempo que dinamismo as partidas.
Fonte: https://canaltech.com.br/inovacao/5-inovacoes-tecnologicas-que-vao-entrar-em-campo-na-copa-do-catar-228575/ e https://tecnoblog.net/responde/como-funciona-o-sistema-de-impedimento-semiautomatico-pelo-var-da-copa-2022/
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